Postagens populares

segunda-feira, 29 de julho de 2013

MEUS ANCESTRAIS NO CANDOMBLÉ!




MEUS ANCESTRAIS NO CANDOMBLÉ


Iniciado no Terreiro Gegê Daomé Imburaci com todas obrigações prontas até a de 21 anos com casa aberta sou filho do Babalorixá Paulo Soares de Oliveira(Paulo do Brongo in memória), sendo Pai Pequeno Pedro Soares de Oliveira de Obaluaiyê (in memória), Mãe Pequena Maria de Lourdes Santos dos Reis de Dan Bessen (in memória), Tias de Axé Noelia de Oxum do Terreiro Oloroke, Cristina de Ogun(in memória) do Terreiro Oloroke, Matilde de Jagun(in memória) do Terreiro Oloroke, e com muito orgulho a minha Avó de Santo Maria Bernada da Paixão(in memória) conhecida na época como Maria Violão que junto com José Firmino dos Santos(Tio Firmo in memória) fundou no bairro do Engenho Velho de Brotas o Terreiro Oloroke.


A MINHA AVÓ DE SANTO 


Matilde de Jagún
minha tia de santo
Yalorixá de TERREIRO OLOKE.



Cristina de Ogún Lade
minha tia de santo
Yalorixá do TERREIRO OLOKE.


 Noelia de Oxum
minha tia de santo
Atual Yalorixá do
TERREIRO OLOKE.

EFON
UMA CASA, UMA NAÇÃO

Falar de uma nação de Candomblé no Brasil e sua origem, assim como a origem de qualquer casa antiga é sempre muito difícil, pois nos primórdios dessas casas não haviam registros escritos, tudo era transmitido oralmente e com isso fica muito difícil fazer um estudo exato de como tudo começou.
De uma forma simples e resumida tentaremos contar a história da casa que é o berço dos Efon no Brasil, o "Asé Yangba Oloroke ti Efon" ou simplesmente como é chamado o Terreiro do Oloroke situado à Rua Antonio Costa (antiga travessa de Oloke) nº 12, no bairro do Engenho Velho de Brotas - Salvador - Bahia, para que quando alguém ouvir falar de nosso Asé, saibam quem somos e de onde viemos.
Em primeiro lugar vamos à origem na África, mais exatamente em Ekiti-Efon (não confundir com Ile Ifon, a terra de Osalufon) de onde vem um termo muito usado entre os Efon no Brasil "Lu Lokiti Efon" e onde reina absoluta aquela que é a rainha da nação no Brasil, Efon, ou seja, Osun, pois é bom esclarecer que Osun, nossa matriarca, é nascida em Ekiti-Efon, onde ela era considerada a mãe de Yemonja e do Awujale de Ijebu-Ere, no estado de Ekiti (Onadele Epega). Para concluir podemos traduzir o nome da divindade Efon dos tempos Lailai como sendo Osun, nome de seu rio e onde guardava seus tesouros, companheira inseparável de Oloroke que é seu pai, ficando assim esclarecido o porque da casa chamar-se terreiro do Oloroke e Osun ser a dona do Asé, sendo ele louvado juntamente com Osun nos nossos principais ritos.




Pois bem, foi desta localidade, que veio para o Brasil na condição de escravos por volta de 1850 um Tio Africano conhecido como Baba Irufa, filho de Osun e iniciado para Ifa, portanto um Babalawo que no Brasil passou a chamar-se José Firmino dos Santos ou tio Firmo, juntamente com uma princesa do Ekiti-Efon de nome Adebolui iniciada em sua terra natal para o orixá Oloke, que no Brasil passou a chamar-se Maria Bernarda da Paixão, a Maria Violão, alcunha que ganhou por ter um corpo muito bonito, e é dito ainda por uma fonte do Axé Pantanal do falecido Cristóvão Lopes dos Anjos, que veio ainda junto com eles uma filha de Tio Firmo que atendia pelo nome de Asika, a existência desta Asika não é confirmada em Salvador por algumas pessoas antigas ligadas ao Asé. Existe uma outra possibilidade de que Baba Irufa e Asika sejam a mesma pessoa, sendo Baba Irufa seu titulo de Ifa e Baba Asika seu nome ou ainda um outro titulo.
Mesmo antes de serem libertos já promoviam encontros e




Maria Bernarda da Paixão


participavam de encontros, pois faziam parte da Irmandade da Igreja da Barroquinha (pesquisa de campo em Salvador) onde se reuniam os fundadores da Casa Branca do Engenho Velho e segundo pessoas antigas, Maria Bernarda da Paixão era prima carnal da primeira Yalorisa da Casa Branca.

Nenhum comentário:

Postar um comentário