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segunda-feira, 29 de julho de 2013

Luiza Franquelina da Rocha!











                                                                                                 Gayaku Luiza!


"Luiza Franquelina da Rocha nasceu em 25 de agosto de 1909, em Cachoeira, cidade do Recôncavo Baiano. Sua mãe chamava-se Cecília, negra, descendente de escravos e iniciada para Yemonjá em Feira de Santana/Ba, vindo a falecer com 105 anos. Seu pai chamava Miguel, negro, também descendente de escravos e foi confirmado Kpejigàn na Roça de Ventura (Xwé Seja Húnde), candomblé djèdjè em Cachoeira, por Gaiaku Maria Ogorensì de Gbèsén. Faleceu aos 86 anos. Sua irmã carnal, Joana, foi iniciada para o vodun Azansú por Gaiaku Pararasì, na Roça de Ventura. Suas primas foram iniciadas como Ekedi por Sinha Abali, também na Roça de Ventura. A avó paterna de Gaiaku chamava-se Maria Galdência da Conceição e sua mãe era uma negra africana chamada Malakê, filha de Sàngó, que chegou a Cachoeira em torno de 1820, amarrada em um porão de navio, para ser escrava de uma branca por nome Pombinha Rosalva, que lhe batizou com o nome de Maria Felicidade da Conceição.

Gaiaku Luiza que é bisneta de africano e foi nascida e criada dentro do candomblé aonde chegou a morar dentro da Roça de Ventura. Teve contato com as velhas tias do candomblé que lhe ensinaram muita coisa. Em 1937 Gaiaku Luiza é iniciada para Oyá na nação kétou, no Ilé Ibecê Alaketu Àse Ògún Medjèdjè, do famoso Babalòrisa Manoel Cerqueira de Amorin, mais conhecido como Nezinho de Ògún, ou Nezinho da Muritiba, filho-de-santo de Mãe Menininha do Gantois. Por motivos particulares, após 2 anos Gaiaku Luiza se afasta da Roça deste ilustre Babalòrisa. Foi Sinha Abali, segunda Gaiaku a governar a Roça de Ventura, quem viu que Gaiaku Luiza deveria ser iniciada no djèdjè, nação de toda sua família, e não no Ketóu. Assim, encarrega sua irmã-de-santo Kpòsúsì Rumaninha, de sua inteira confiança, a iniciar Gaiaku Luiza no Terreiro Zòògodò Bogun Malè Hùndo, em Salvador. Em 1944 Gaiaku Luiza é iniciada na nação djèdjè sendo a terceira a compor um barco de 3 vodunsì. Seu barco foi constituído por uma Osun, um Azansú e uma Oya."

Este texto e a imagem pertencem ao site do Huntoloji, um dos mais tradicionais e influentes axés Jeje do Brasil, de tradição Mahi. É de autoria do Mejitó Marcos de Bessém, que autorizou a referência pelo blog Povo do Axé. Conheçam o Hunkpame Ayiono Huntoloji através do site http://www.huntoloji.com.br/ e a história da gaiaku Luíza através do livro Gaiaku Luiza e a trajetória do Jeje Mahin na Bahia, comercializado através do site.

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