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terça-feira, 13 de agosto de 2013

HEIVIOSO!


SÓGBO

Vodum muito pouco conhecido e cultuado que pertence à família (panteão) de Dan, outros consideram que seja de Hevioso, mas certamente está ligado aos dois. Azannado (Azanadô) ou Zòonodò (Zônodô) é um vodum de morada na árvore, estando por este motivo ligado também ao vodun Loko. É um principe vodum.
No Terreiro do Bogun, havia uma enorme árvore (atinsá) consagrada ao vodun Zòonodò, que foi derrubada pelo tempo. Neste terreiro faz-se obrigações anuais (6 de Janeiro) a ele.
Alguns consideram que o Vodun Zòonodò é o mesmo Vodun Zomadonu cultuado na Casa das Minas. Zomadonu é um Tòhosú (Tòxosú, termo que significa “rei das águas”, trata-se de uma divindade que se manifesta em crianças que nascem com deficiencias ou monstruosas), filho carnal da rainha Kuande e do rei Akaba, do antigo Dahomey.


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Sogbò, considerado o rei coroado da Nação Jeje no Brasil, é o chefe do Panteão de Hevioso. Vodum justiceiro que governa os vulcões e o fogo. Sògbò é quem trás os demais voduns do trovão e é o pai de muitos deles. Suas cores são o vermelho e o branco. O dia da semana é a quarta-feira, dia em que se reverenciam os voduns kavionos. Seu símbolo é o sokpe, um machado simples de uma lâmina. Na Africa Sògbò também refere-se a um vodum feminino. muitos filhos de Sògbò se dizem filhos de Sángò, e também no Benin há sacerdotes que consideram que Sògbò é mesmo Xangô. É conhecido pelos mahis com a denominação de Sògbò Adan, ou seja: Corajoso Sògbò, diferenciando-o. Quando Sógbó  dança com seu sokpè, imita os ráios caindo sobre a terra, em ligeiras quebradas na dança. O que é exemplificado por esta toada muito conhecida nos candomblés de Jeje Mahi no Brasil:
“Sógbó Adan tá nu sá gba owè,
A cabeça do corajoso Sógbó vai até a coxa na quebra da dança,
Sógbó Adan tá nu sá gba o.
A cabeça do corajoso Sógbó vai até a coxa, na quebra.


KPÓSÚ (VODUM PANTERA) 



Kpòsú é um vòdún pouco conhecido e cultuado aqui no Brasil. A tradução da palavra kpòsú (lê-se Pòsú ou Pòsún) é pantera macho ou homem pantera. Dizem os ítàns que da união da princesa Álígbònò com uma pantera chamada Gbèkpò nasceu Yíègú. Yìegú Tènú Gesú formou um exército chamado kpòvíllè (os filhos da pantera) para tomar o reino de Àjá- Tàdò e ali deixou seu nome marcado na história, ganhando o título de Gáú Kpòsú(o general pantera) ou para nós apenas Kpòsú. Após a retomada do reino de Àjá-Tádò, os filhos de Yíègú vão para o sul e fundam o reino de Dàhòmèy. Com essa explicação, podemos ver que Kpòsú não é apenas um vòdún expecífico mas, também um título dado aos descendentes de Yíègú. Kpòsú representa a agilidade, a esperteza, a caça. Assim como a pantera, Kpòsú tem todas suas oferendas e sacrifícios feitos de madrugada. É um vòdún de extrema importância, sendo o senhor do Áríàsé de algumas casas de jeje. Seus rituais são ligados a Áyízàn e a cerimônia de mutação dos vòdúns onde Kpòsú tem a permissão de se transformar em pantera.Nas danças rituais, os adeptos dançam para kpòsú como se tivessem com garras na mão, lembrando a origem desse grande vòdún e deixando bem claro a sua natureza. Sem dúvida nenhuma, um vòdún de extremo respeito e, que não podemos deixar seu culto morrer, passando seu culto, assim como nossos ancestrais, de geração para geração.

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