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segunda-feira, 19 de agosto de 2013

HISTÓRIA DO JEJE SAVALU!





Jeje savalu

Jeje Savalu culto dos Vodun provenientes da região Savalou ou Savalu que é uma cidade da República do Benin, localizada a uns 70 quilômetros da cidade deDassa-Zoumé onde existe o Templo Dassa-Zoumé dedicado a Nanã Buruku. O termo Saluvá ou Savalu, vem de Savé ou Savi que era o local onde se cultuavaNanã.

voduns dje-dje Savalú
Mawu-Lissá: Responsável pela criação do mundo.
Fá: Vodun da adivinhação protetor de todos que tem o poder de jogar o Agú-Magá (similar ao opelê ifá dos yorubanos), jogo de búzios.
legbá: caçula de mawu-lissá mais sempre é reverenciado primeiro.
Loko: filho de mawu-lissá e irmão de Sakpata e Gbessen o mesmo é o dona da joia de Savalú como de Mahin.
Sakpata: Vodun da varíola um dos Voduns mais cultuados no Dje-dje Savalú assim como Gbessen e Nanã Burukê, representado pelo brajá e um lagdibá.
Dan: Vodun deus das cobras.
Dangbé: Vodun Ancestral, Espirito da cobra.
Gbessen: Filho de mawu-lissá um dos reis de savalú, Representado pelo Brajá de búzios vodun da riqueza.
Nanã Burukê cultuada em keto, mais ela e de Savalú cultuada em um locas chamado Savê vodun velha muitos acham que é a mesma que Mawu so que Mawu não se raspa.
Yewa:Vodun jovem da familia de dan, uns dizem dela ser mulher de Gbessen e outros dizem dela ser irmã do propio.
Gú,Gun,Togun: Vodun guerreiro protetor dos soldado e dos ferreiros.
Sorokwe: não é nem um togun nem um legbá e sim um vodun de culto propio assentado na frente dos humkpames,kwes ou funderês ao lado de
togun e legba para reparar a casa.
Heviosso: Vodun do fogo, da justiça similar ao Xangô dos yorubanos.
Possun: Vodun somente dje-dje sua tradução significa Homem Leopardo.
Otolú: Vodun da caça.
Agué: Companheiro de otolú, protetor de todas as ervas e um grande caçador antes de otolú chegar na cidade de savalú agué ja trazia a
fartura para seu rei.
Vodun deré: Filho de Aganga otolú com Azirí.
Tobossi: são varias vodun infantis que habitavam tanto as aguas de mahin como savalú.
Dandô rerrô: Vodun da familia de heiosso
Apo jaí: mulher de dandô rerrô mãe de heviosso.
Bafono deká:uns dizem que ele é da familia de dan e é um vodun fun fun.
Oulissá: Vodun funfun similar ao oxalá dos yourubanos, muitos dizem ser de lissá mais lissá e mawu não são raspados na cabeça de ninguem e sim nanã burukê e Oulissá ou até mesmo Oulissá Gwégwé similar ao oxaguian dos yorubanos.
Alguns dos voduns de jeje pois existem mais voduns que não conhecemos .

***Cidade Savalu ou Saluva***

Savalu ou Savalou é uma cidade da República do Benim, localizada noDepartamento de Collines a uns 70 quilômetros da cidade de Dassa-Zoumé onde existe o Templo Dassa-Zoumé dedicado a Nanã Buruku.
O termo Saluvá ou Savalu, na verdade, vem de "Savé" que era o lugar onde se cultuava Nanã.
Nanã, uma das origens das quais seria Bariba "rei dos reis", uma antiga dinastia originária de um filho de Oduduá, que é o fundador de Savé, é uma parada na rota para o norte é a cidade de Savé. É um lugar muito especial e de grande tradição religiosa desprendida das misteriosas formações rochosas, algumas de carácter sagrado e a alma do povo Fon a perceber-se por toda parte, principalmente pelo culto ao Vodum Sakpata. Também indica o nome do povo dessa região, que veio escravizado para o Brasil. Em termos de identidade cultural, forma uma subdivisão da cultura yoruba.

Os Savalus no Brasil

Os Savalus chegaram no Brasil escravizados em meados do século XVII, juntamente com outras etnias, entre outros os falantes das língua akanlíngua ewelíngua fonlíngua minalíngua fanti e língua ashanti.
Antes da libertação dos escravos em 1888, os escravos fugidos das fazendas reuniam-se em lugares afastados nas florestas em agrupamentos ou comunidades chamadas quilombos, depois da libertação, os africanos libertos reuniam-se em comunidades nas cidades que passaram a chamar de candomblé.
Barracão (candomblé) de Ajunsun-Sakpata foi fundado mais tarde pela africana Gaiacu Satu, em Salvador , Bahia e recebeu o nome mais conhecido porCacunda de Yayá. São os Jeje-Savalu ou Savaluno. Sakpata era rei da cidade Savalu na África, segundo alguns historiadores, Sakpata foi o único rei que preferiu o exílio a se render aos conquistadores do Daomé. O dialeto dos savalus também é o Fon.

***Templo Dassa-Zoumé***

Templo Dassa Zoumé - é um templo dedicado à Nanã Buruku ou Bulukulocalizado em Dassa-ZouméBenim. Na frente do templo fica uma árvore sagradaBaobá enorme onde Nanã é cultuada.

***Candomblé de Jeje***

Candomblé Jeje, é o candomblé que cultua os Voduns do Reino de Dahomeylevados para o Brasil pelos africanos escravizados em várias regiões da África Ocidental e África Central. Essas divindades são da rica, complexa e elevadaMitologia Fon. Os vários grupos étnicos - como fonewefantiashantimina - ao chegarem no Brasil, eram chamados djedje (do yoruba ajeji, 'estrangeiro, estranho'), designação que os yoruba, no Daomé atribuíam aos povos vizinhos, Introduziram o seu culto em SalvadorCachoeira e São Felix, na Bahia, em São Luís, no Maranhão, e, posteriormente, em vários outros estados do Brasil.

***História***
Assim, como os Nagôs ou yorubas, os Jejes língua ewelíngua fonlíngua mina e os fanti ashantis, formam grupos sudaneses que englobam a África Ocidentalhoje denominada de Nigéria,Gana, Benin e Togo. Sua entrada no Brasil ocorreu em meados do século XVII.
A palavra djedje (jeje) recebeu uma conotação pejorativa, como “inimigo”, por parte dos povos conquistados pelos reis de Dahomey. Quando os conquistadores eram avistados pelos nativos de uma aldeia, muitos gritavam dando o alarme “Pou okan, djedje hum wa!” ("Olhem, os jejes estão chegando!).
Quando os primeiros daomeanos chegaram ao Brasil como escravos, aqueles que já estavam aqui reconheceram o inimigo e gritaram “Pou okan, djedje hum wa!”; e assim ficou conhecido o culto dos Voduns no Brasil ou Nação Jeje.

Bahia
Dentre os daomeanos escravizados, uma mulher chamada Ludovina Pessoa, natural da cidade Mahi [pron. marri], foi escolhida pelos Voduns para fundar três templos na Bahia. Ela fundou:
O templo de Ajunsun-Sakpata foi criado mais tarde pela africana Gaiaku Satu, emsalvador e recebeu o nome mais conhecido por Cacunda de Yayá, que tem como sua representante a iyalorixá Maria de Lourdes Buana (Iyá Ominibu Kafae foobá), filha de Mãe Tança de Nanã (Jaoci), que era filha de Gaiaku Satu.A Cacunda de YáYá funcionou muitos anos no bairro da "Sussuarana" em Salvador, onde tiveram que se deslocar do lugar original pela construção da rodovia, onde foram indenizados pelo governo baiano, e foram se instalar na parte mais alta do terreno, que dizem ser tão grande que não sabiam a dimensão exata, tinha mata, fontes, riachos, tudo no terreno da Cacunda.
Dona Lourdes, tem roça em Salvador, no Bairro Cabrito, e também em Nilópolis, no Rio de Janeiro, funcionando com toda a força, apesar de seus quase 80 anos, e marcando sua tradição no Kwe Foobá, com diversos descendentes do Jeje Savalu.
São os Jeje Savalu ou Savaluno. Sakpata era rei da cidade de Savalu na África, segundo alguns historiadores, e foi o único rei que preferiu o exílio a se render aos conquistadores do Daomé. O dialeto dos savalus também é o Fon.
Na Rua do Curuzu, no bairro da Liberdade, em Salvador, Amilton de Sogbo segue a luta pela preservação da tradição do Jeje Savalu, na condição de Doté, à frente do Kwe Vodun Zo (Templo do Vodun/Espírito do Fogo). Amilton é descendente espiritual da Cacunda de Yayá, onde teve o seu nascimento para zelar doPanteão Savaluno, pelas mãos de Jaoci Mãe Tança de Nanã.

Maranhão

No Maranhão encontramos a Casa das Minas, fundada por Maria Jesuína, segundo informação de Sergio Ferretti. É com certeza a mais conhecida casa de jeje do Brasil. Esse é o segmento do povo Jeje Mina.
Ainda no Maranhão encontramos a Casa Fanti Ashanti fundada por Euclides Menezes Ferreira (Talabian). Esse é o segmento jeje Fanti-Ashanti do povo Akanvindo de Ghana, que inicialmente teria ligações com o Sítio de Pai Adão, da Nação Nagô-Egbá.

Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro, foi fundado pela africana Gaiaku Rosena, natural de Allada, oTerreiro do Kpodabá no bairro da Saúde, que foi herdado por sua filha Adelaide São Martinho do Espírito Santo, também conhecida como Ontinha de Oiá (Oya Devodê), mais conhecida como Mejitó, que transferiu a casa de santo para o bairro Coelho da Rocha, e esse axé foi herdado por Glorinha Toqüeno, com terreiro no bairro de Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro. O Kpodabá é a casa matriz , mas deixou ramificações, como o Kwesinfá fundado em Agostinho Porto, por Natalina de Aziri (Ezintoede) tendo como herdeira Helena de Bessem que transferiu o axé para Parque Paulista, em Duque de Caxias, hoje Filha de Santo de Glorinha Tokuenu. Tendo ramificações do Axé em Brasilia, fundado pelo sacerdote Rui D'Osaguian filho de Natalina de Aziri. Em Manaus/Amazonas o kwensinfá teve sua ramificação através do Babalorixá Edmilson D´Oxossi, filho do sacerdote Rui D´Osaguian.
Depois veio Antonio Pinto de OliveiraTata Fomotinho que fundou o Kwe Ceja Nassó, no bairro de Santo Cristo, depois mudou-se para Madureira na Estrada do Portela, depois para São João de Meriti onde finalmente se estabeleceu na Rua Paraíba.
Dizem os mais velhos, que Mejitó, ajudou muito Tata Fomotinho no começo de sua vida de santo no Rio de Janeiro.
Ele deixou uma legião de filhos, netos e bisnetos. Dentre esses, Jorge de Iemanjáque fundou o Kwe Ceja TessiPai Zézinho da Boa Viagem que fundou o Terreiro de Nossa Senhora dos NavegantesTia Belinha que fundou a Colina de Oxosse eAmaro de Xangô, Djalma Souza Santos (Djalma de Lalu) que fundou o Kwe Ceji Lonã, Doné Mirtéia de Ogum que fundou o Axé Kwe Azom, Doté Wildes de Obaluayê que fundou o Axé Kwe Egi e Heraldo Sanches de Araújo (Doté Heraldo de Xangô) que fundou o Axé Kwe L'Ossu.
Ressaltamos ainda, a importância do Jeje Mahi quanto ao Vodun Azunsun ouAjunsun - Azônce Sakpatá. [Todos os Voduns, pertencentes ao panteão de Sakpatá, são da família Dambirá. Nesse panteão temos vários Voduns. O mais velho que se tem notícia é Toy Akossu, no transe, ele se mantém deitado na azan (esteira). Dizem os mais velhos, que Toy Akossu é o patrono dos cientistas, ele lhes dá inspirações para a descoberta das fórmulas mágicas que curarão as doenças e as pestes. Ele é a própria "doença e cura", como também um excelente conselheiro.

São Paulo

Pai Vavá de Bessém era da nação Jeje Savalu de Cachoeira de São Félix iniciado aos 3 anos como era comum na época, quando jovem foi para Salvador onde teve um terreiro de candomblé e viveu por muitos anos, depois foi morar no Rio de Janeiro e por último em São Paulo onde morou até morrer.

********RITUAL********

Na Nação Jeje existe a necessidade do poço (se não existir uma nascente nas terras), o ideal é um sítio com nascente, mata natural, plantas e animais.
Infelizmente nas casas urbanas isto já não é tão possível, pois as Casas cada vez mais diminuem de tamanho. Mas ainda assim toda casa Jeje deverá ter pelo menos um poço, um local reservado exclusivamente para as plantas e árvores necessárias ao culto, que chamamos "kpamahin", e alguns animais que são muito importantes no culto.
Voduns não usam roupas luxuosas não gostam de roupas de festa e geralmente preferem a boa e velha

roupa de ração. As danças são cadenciadas em um ritmo mais denso e pesado.
A iniciação ao culto dos voduns é complexa, longa e pode envolver longas caminhadas a santuários e mercados e períodos de reclusão dentro do convento ou terreiro humpagme, que podem chegar a durar um ano, onde os neófitos são submetidos a uma dura rotina de danças, preces, aprendizagem de línguas sagradas e votos de segredo e obediência.

Hierarquia

Hunkpame

Hunkpame é um templo ou convento dedicado ao culto vodunHunkpamesignifica, literalmente, o lugar onde está dentro a divindade (hun). É chefiado por um sacerdote ou sacerdotisa-chefe residente à frente de uma quantidade de auxiliares fixos que aumentam nas ocasiões de culto e iniciações. Os neófitos chegam a viver quase um ano no hunkpame até que atinjam a condição de vodunsis e suas respectivas famílias os venham resgatar simbolicamente.
Dentro do Hunkpame se fala uma ou mais línguas sagradas especiais, o hungbê, que variam de acordo com o vodun principal que é ali cultuado. O hungbê se compõe do próprio fon e seus dialetos mesclado com idiomas vizinhos como o guen (mina), o nagô (iorubá), baribá, etc. e existe um grande tabu em se expressar em hungbê fora do hunkpame.
O espaço sagrado, este grande sítio, ou grande fazenda onde fica o Kwe chama-se Hunkpame, que quer dizer "fazenda" na língua Ewe-Fon. Sendo assim, a casa chama-se Kwe e o local onde fica situado o candomblé, Hunkpame.

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